CONTORNO DE CORAÇÃO
Teu seio, contorno de coração.
adorno que cabe à mão.
perfeitos em seu ar doce,
em seu gosto livre, em sua cor pequena.
Serena, vê-se nos olhos...
Pálida cor de sol, elmo de ouro.
pode voar sobre as colinas,
sobre a campanha verde da Polônia.
Congelado, o rio dos acordes
desce morno aos ouvidos meus...
Me socorre, me assiste, me ama e faz
saudoso amante da falta.
Teu seio, contorno de coração.
Baú semiótico, todo o sentido...
Borra-se o rosa como a neve
que coroa as grandes montanhas.
Pelas entranhas, de súbito vou.
Sinto-me leve, lixiviado, corrente...
Sou-me por quase ser-lhe mais ainda
(Flor que me doce, dor que me finda.)
(ou “Dor que me doce, flor que me linda.”)