Alienados

O poema nasce da dor

Que se impregna no olhar

O poema nasce na cor

Da face pétrea a contemplar

Uma voragem em espectros

Aniquilando a existência

De quem os tentam abortar.

Difundindo seus ideais

Mentes de tolos deturpam

E novos espectros se tornam

Nasce a “Legião dos Normais”

E caminham assim os bestiais

Sem saber quem são

Nem ao menos para onde irão

O que importa é não serem originais

“Para que imaginar?

Há alguém que o fará por nós!”

Assim eles pensam, como vós:

“Não adianta lutar!”

De sutil maneira eles agem

Alienando seres manipuláveis

Que julgam estes adoráveis

“Pois somente o bem eles fazem!”

E a história assim se repete

Na longa estrada a percorrer

Apenas nos compete

Extinguir o zumbi que em nós quer viver.

Madame F
Enviado por Madame F em 08/10/2006
Código do texto: T259072
Classificação de conteúdo: seguro