Alienados
O poema nasce da dor
Que se impregna no olhar
O poema nasce na cor
Da face pétrea a contemplar
Uma voragem em espectros
Aniquilando a existência
De quem os tentam abortar.
Difundindo seus ideais
Mentes de tolos deturpam
E novos espectros se tornam
Nasce a “Legião dos Normais”
E caminham assim os bestiais
Sem saber quem são
Nem ao menos para onde irão
O que importa é não serem originais
“Para que imaginar?
Há alguém que o fará por nós!”
Assim eles pensam, como vós:
“Não adianta lutar!”
De sutil maneira eles agem
Alienando seres manipuláveis
Que julgam estes adoráveis
“Pois somente o bem eles fazem!”
E a história assim se repete
Na longa estrada a percorrer
Apenas nos compete
Extinguir o zumbi que em nós quer viver.