É assim...
Ela é muito bela. Até de noite suas formas se tornam muito apreciáveis.
Ela ainda é menina.
Charmosa mocinha que foi morar no beiço das águas.
Eu a chamo de caboclinha do mar.
Aperipê, Serigy, Pindaíba; todos foram pretendentes a se casarem com ela.
Mas ela nem os ligou, contudo, casou-se com todos.
Todos os homens se deitam com esta moça virgem.
Ninguém se cansa de falar dela.
Ninguém se abstém de viver nela
Viver com cheiro de rio e mar
Viver com moqueca e feijoada, carne assada e farinha de Itabaiana.
Caminhar no calçadão do centro.
Rezar na catedral um Pai Nosso e uma Ave Maria Pensando no Dr. Fausto.
Todos os dias seus sinos dizem as horas e não reclamam aposentadoria.
Depois ir fazer compras no shopping; olhar gente bonita carregando sua cruz.
Aqui tem caranguejo,
Requeijão e Maria doida.
Nem falo nas donas bonitas.
Elas estão aqui e espalhadas pelo agreste, pelo sertão e beira mar.
Ontem fui ao Santo Antonio; chorei ao pé do cruzeiro.
De cima da colina,
Eu vi novamente a menina.
A menina deitada na beira da praia.
Atalaia!
Vi que ela cresceu e com ela seus espinhos.
Mudaram-lhe os caminhos.
Falaram-lhe de outras terras.
Disseram-lhe do progresso; um sucesso.
De quem?
Aracaju caiu nessa?
É assim...