Taças...

A noite brinca comigo... Dois riscos...Um abismo.
Lanço as cartas do destino desgarradas... Brindo ao silêncio de uma madrugada.
Alguns seresteiam as luas... Outros, brincam de criaturas... Eu? Emudeço-me às contas das minhas saias...
Sobrados de nascimentos... Cada caule, uma só estante das floradas taças...
Minha vidraça molhada.
Dizem que o completo é permanecer inteiro... Vulgo dito, sem entremeios.
Crio as formas que seriam avessas... Permaneço em meio... Termo.
Garimpo nas cortinas da vida, a minha fonte de viver tão sã... Lúcida morada, em cérebro rebuscado pelas crostas que criamos?... Versos... Tamanhos.
O discurso falho... O tendencioso atalho... As ruas que dignificam o"homem"... Ser... Estranho.
Sustentar o corpo, em finos galhos.
Em tons, olhar o mundo... Versos... Profundos.
Em primeiro plano, a minha face... Em segundo plano, as marias congeladas... Ou seria o contrário da imagem recortada?... São tantos ângulos... Engulo as lágrimas.
As flores chegam na madrugada... Flores e anéis de prata...
Sempre dormir entre pétalas... Quem sabe, um dia, eu revele ao mundo o gosto da simplicidade que me acolhe...
Recebo as flores... Em finos e complexos galhos...


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