Mãos

Do lado escuro,

Minha alma chora

Pede socorro,

escondida, sofre.

A mão estendida

Não alcanço

No quadrado

onde vivo.

Está tão longe a luz que enxergo

E, de mim, não se aproxima

Às vezes, pego a sua mão

E é quando em oração

Para outras mãos

Estendo as minhas.

O quadrado se arredonda e,

A dor é repartida

Diluindo-se nas mãos da vida

Também sofridas.

Mão querida apóie-se na minha

Tira-me do quadrado onde vivo

Puxa-me para a sua vida!

Juliia 23-12-2005

jullia
Enviado por jullia em 30/10/2010
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