Mãos
Do lado escuro,
Minha alma chora
Pede socorro,
escondida, sofre.
A mão estendida
Não alcanço
No quadrado
onde vivo.
Está tão longe a luz que enxergo
E, de mim, não se aproxima
Às vezes, pego a sua mão
E é quando em oração
Para outras mãos
Estendo as minhas.
O quadrado se arredonda e,
A dor é repartida
Diluindo-se nas mãos da vida
Também sofridas.
Mão querida apóie-se na minha
Tira-me do quadrado onde vivo
Puxa-me para a sua vida!
Juliia 23-12-2005