Ela

Na boate ela entra.

Diminui a luz.

A dança esquenta,

Seu olhar seduz.

De manta e saião,

Seu braço levanta.

A virgem da assunção

Nos ombros cruza a manta.

Seus olhos em chamas

Nos ares se mexendo.

O manto de rubras tramas,

Seu convite vai crescendo.

Seu corpo requebra e gira,

É um convite para o amor.

Quando o coração admira

Abre-se como a flor.

Não há mais o que rejeitar,

Nenhum romântico aguenta.

Uma noite para amar

Quando o desejo aumenta.

Helmuth da Rocha
Enviado por Helmuth da Rocha em 29/10/2010
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