E os pais o que fazer?
Uma explosão!
Uma bala!
Um tiro no peito
E a despedida de uma alma.
Um garoto perdido.
Uma mãe na calçada.
Mundos divididos.
Adeus pai e filhos.
Multidão em volta,
Policiais ao lado,
Sofrimento e revolta,
Um menino algemado.
Cabelo moicano,
Tatuagem no peito,
Apenas 13 anos,
Um 38 para impor respeito.
Infância perdida,
Não por que trabalha,
E sim por preguiçar
Mais uma lei, outra falha.
Isso precisa mudar!
Sem remorso,
Ele dizia:
Só queria pó seu moço,
Não queria matar a tia.
A dona reagiu,
Me levantou o braço.
Foi ela quem pediu!
Só me defendi como sempre faço.
Violência refletida nas leis
E na sua decadência.
Proteção ao menor?
Tudo tem ficado tão pior!
Os filhos não respeitam mais os pais.
Se o pai vai bater,
Chamam os policiais.
Onde nascem os marginais?
Nascem de nossa ignorância.
Destas leis, e de nossa tolerância,
Tapa no bumbum.
De jeito nenhum?
E ai! O que é que a gente faz?