Não morram
os versos
não lidos,

não sentidos,
incompreendidos,
esquecidos
em armários.

Não.

Antes,
tomem-nos 
pássaros
feridos.

Solitários
hão de
senti-los
nos cantos
dos montes
abandonados

e em seus bicos
solfejá-los
em gritos
de improviso
em sua própria,
ácida
e visceral homenagem.
Miriam Dutra
Enviado por Miriam Dutra em 28/10/2010
Reeditado em 29/10/2010
Código do texto: T2584372
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