À GERAÇÃO FUTURA
Escrevendo para quem fica
Também para quem critica
Por um Mundo bem melhor
Onde o sangue não derrame
E o furor não se inflame
Nas entranhas do suor
Aos que criam seus sonhos
Pelos recantos tristonhos
Que minha pátria esqueceu
Filhos da destemperança
Que desde muito criança
Foi negado o que era seu
Aos esquecidos fadados
Desnudos, sem agasalhos
Atirados nas sarjetas
Que o país lhe agradece
Lhe aposentando com prece
E um belo par de moletas
E para os que depois vem
Dure os anos mais de cem
Seguindo o tempo passar
Entre o que sofre e pode
No final quem mais se explode
É quem não sabe lutar.
Dalvalene Santos/2010