Uma estátua para o imperador

A escultura se desenvolve no espaço,

com todo o encantamento da imobilidade,

Reafirmando minha fraqueza e apatia,

diante do belo que não se move,

e do colossal que não me toca.

Músculos feito bronze

e idéias feito chumbo,

o que não existe e eu não ouso tocar,

é aquilo que dorme ao meu lado

e que diz meu nome enquanto escrevo

nas paredes deste cubo nebuloso

um poema em troca de mais dor

e amor feito em pedaços.