Inquietação
Posso chorar o quanto for preciso,
gritar alto a dor que tanto sinto,
que nada vai me consolar
nem fazer o meu pranto acabar.
A dor que dói em meu peito,
rasga minh’alma de dor e desespero.
Sangrando está o meu coração...
Não posso voltar atrás,
pois tudo agora são cinzas.
Tudo se acabou!
Tudo morreu!
Toda a ternura e meiguice,
todo amor e carinho,
todo respeito e união.
Não há como cultivar mais nada,
O solo da esperança também morreu.
Não me restou nem sonhos.
Dor.
Somente isso eu ganhei.
Não foi por falta de carinho,
nem de deixar de regar com amor.
É porque simplesmente,
no terreno dos meus sentimentos,
não me deixaram cultivar nada de bom
a não ser indiferença e descaso.
E foi assim que as pragas venceram.
Destruindo meu jardim de sonhos,
matando o amor que nem sequer brotou.