Inquietação

Posso chorar o quanto for preciso,

gritar alto a dor que tanto sinto,

que nada vai me consolar

nem fazer o meu pranto acabar.

A dor que dói em meu peito,

rasga minh’alma de dor e desespero.

Sangrando está o meu coração...

Não posso voltar atrás,

pois tudo agora são cinzas.

Tudo se acabou!

Tudo morreu!

Toda a ternura e meiguice,

todo amor e carinho,

todo respeito e união.

Não há como cultivar mais nada,

O solo da esperança também morreu.

Não me restou nem sonhos.

Dor.

Somente isso eu ganhei.

Não foi por falta de carinho,

nem de deixar de regar com amor.

É porque simplesmente,

no terreno dos meus sentimentos,

não me deixaram cultivar nada de bom

a não ser indiferença e descaso.

E foi assim que as pragas venceram.

Destruindo meu jardim de sonhos,

matando o amor que nem sequer brotou.

Leliane Alencar
Enviado por Leliane Alencar em 28/10/2010
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