BRINCANDO DE PLANTAR
Zamioculcas plantadas no chão
Sentinela vela a aberta janela
Bromélias vencem derradeiro cansaço
Acordam num jogo avermelhado de luz
Brandas verdes brancas margaridas
Unem pontiagudos pontos amarelos
Num encontro esguio longo e belo
Bailam ao suave vento adormecido
Espadas de São Jorge em terra úmida
Orvalhadas aos sulcos de fino musgo
Tatuam rituais ao som rústico da lua
E exaltam a sombra alegre dos bonsais
Ao tom lilás das flores do jacarandá-mimoso
Borboleteando no macio domingo de ramos
Sanhaço, sabiá, bem-te-vi, beija-flor
Pousam em paz nos galhos perfumados e calmos