Que estranha forma de sentir
Aquela que trago por dentro,
Sou sofrida, não vou mentir,
Vivo num eterno lamento!
Que raiva, tenho de mim,
Quanto queria eu mudar,
Por mais que tente, no fim,
Hei-de assim, continuar!
Chamaram-me pois, chorosa,
Disseram, que só sei lamentar,
Mas, decerto quem o disse,
Nunca sofreu por amar!
É uma nostalgia divina,
Que em meu coração, se gera,
Mas dá vida á vida e m’ anima,
Nem que seja, só uma quimera!
Estranha, esta forma de vida,
Que bizarra, forma de amar,
Não me sinto arrependida,
Hei-de assim, me findar!