A ladeira ...

Vou descendo a ladeira e vou contente.

Vejo flores, vejo gente.

Vou caminhando lado a lado com a

minha solidão.

Vou descendo a ladeira e vou tranqüilo.

Desfaço-me! Me esquivo das maldades

da ilusão.

Vejo amores, vejo terrores!

E vou descendo, pensando no presente.

E na cabeça: pensamentos indecentes!

E nossas vidas andando na contramão.

Ah! mas quando subo a ladeira, eu

me perturbo.

Piso forte, piso fundo!

Me encontro perdido num mundo de

medo e sedução.

Na subida da ladeira coração palpita.

Gente nova se irrita sem saber qual a razão.

Menina sobe, menino desce!

Carro buzina, cachorro late!

Mulher bonita, malandro bate!

Dia após dia, vou subindo e descendo.

E a cada instante o mundo ensina que é

preciso ser constante.

E que a esperança é uma forma de esquecer

a solidão.

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Renato Leme
Enviado por Renato Leme em 26/10/2010
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