Lavas perpetuas
Nunca o sonho se tornara real, quase palpável.
rugido do mar tão forte, perto,
neblina fresca tocando o corpo inerte
em húmida areia nunca esquecida,
sentado esperando o algo extraordinário como visão mágica
no desconhecido do tempo
como desde sempre,
coração palpitante desconexo
na arritmia momentânea, emocionada
por regressos ansiados
sentidos,
desde sempre presentes escondidos
na gruta, refúgio de noites desassossegadas,
sob camadas de lavas perpetuas,
realidades de imaginários criados, eclipses
propositados sem astros.
Regresso a mundo revendo exaustas cenas,
repetições infinitas de poses, desejos,
procuro um ponto fixo, parado,
nada de novo, sem esperança num reinado
inglório
por poucos instantes.