Lavas perpetuas

Nunca o sonho se tornara real, quase palpável.

rugido do mar tão forte, perto,

neblina fresca tocando o corpo inerte

em húmida areia nunca esquecida,

sentado esperando o algo extraordinário como visão mágica

no desconhecido do tempo

como desde sempre,

coração palpitante desconexo

na arritmia momentânea, emocionada

por regressos ansiados

sentidos,

desde sempre presentes escondidos

na gruta, refúgio de noites desassossegadas,

sob camadas de lavas perpetuas,

realidades de imaginários criados, eclipses

propositados sem astros.

Regresso a mundo revendo exaustas cenas,

repetições infinitas de poses, desejos,

procuro um ponto fixo, parado,

nada de novo, sem esperança num reinado

inglório

por poucos instantes.

Nkisi
Enviado por Nkisi em 26/10/2010
Código do texto: T2580082
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