A Mulher

Quando a tarde morria na fraca nuvem da noite

Eu senti o teu perfume no meu corpo

E um roseiral nasceu do estalar do coração crepuscular.

Estavas longíqua e teus olhos já namoravam à partida;

- Eram frias tuas mãos, que junto as minhas

Desidratavam o sol.

E então eu senti a chuva no meu rosto

E tua boca calva de água a absorver minha face

Vi as sivícias da alma no teu amor vivido

E entendi que és pura demais para amar

E meu amor muito além da vida para ser compreendido...

Gabriel Alcaia
Enviado por Gabriel Alcaia em 26/10/2010
Código do texto: T2579958
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