'Minha doce estrela'
Descortinam-se as telas
E o que vejo?
Quem é ela, quem é ela?
Se não a mais bela
Poesia-mulher
Pintada em carne e osso
Pernas, braços, pescoço
Tudo harmonizado
Livre, leve, louco
Inviolado, indomável
Tudo nela é muito
Tudo sem ela só pode ser pouco
Perfeição de escultura
Doces seios gentis
Pátria amada
Mulher amada
Salve-me, salve-me
Nos teus leves
Tons sobre tons
De azuis nunca vistos
Brancos nunca imaculados
Pele de pesseguinhos juvenis
No corpo em delírio íntimo
Por Divino artista esculturado
Pena que só possa
De tão longe e tão guardados
Ver o que me mostras
Nos olhos meus fixos que te devoram
Estrela pintada em doce pecado
A mim totalmente exposta...