naquela estradinha
a mulher agaxada
lavava roupa na bacia
a placa:VENDE-CE
CARDO DE CANA
A GUA DE COCU
MICIRRICA
IMPIN FRESQIN
CÁJA
MUDINAS DE PRANTA
,,,,,,,..........
a mulher tinha a saia amarrada entre as pernas
deixando amostras grossas varizes
uma picininha suja cheia de peixes
tantas latinhas de todos tamanhos
com mudinhas de plantas
uma criança a nos olhar desconfiada e tímida
um vira lata latindo fino estridente e compulsivo
a voz da senhora era meiga
uma pele castigada pelo sol ,
escolhi algumas frutas
olhei atentamente cada detalhe daquela casa
daquela familia
tantas florzinhas
um caninho de água corrente
o barulho do vento nas árvores
um pequeno banco de madeira quebradinho e velho
ali sentei...percebi tanta riqueza
cada detalhe, cada estranhesa
tão familiar...
a criança tão linda
barrigudinha
sem camisa
olhinhos curiosos
que vontade de abraça-la...
uma familia toda empenhada
em vender sua plantaçaõ,
a união , o mesmo objetivo
a beleza ali É outra
a verdadeira beleza
a da pureza....
entrei naquele mundo ,
na serra, e não queria mais vir embora....
ali tinha muita paz.!

olguinha costa
Enviado por olguinha costa em 25/10/2010
Reeditado em 19/04/2013
Código do texto: T2576877
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