Pecados de outrem
Nasci grudado pelo instinto
E fui chamado de fruto sagrado
Infringi as leis de um labirinto
Já que o docê reveste o salgado.
E quando sinto que o amargo desce
Fecho os olhos e faço uma prece
Lendo apenas o que me interessa
Pergunto:
-Pra quê tanta pressa?
O mundo não vai acabar
Antes que eu possa acontecer
O meu desejo se realizar
E minha vontade permanecer.
Apenas não sei, se há como desfrutar
Sem tocar na ferida de alguém
Estou condenado a pagar
Pelos pecados de outrem?