Pecados de outrem

Nasci grudado pelo instinto

E fui chamado de fruto sagrado

Infringi as leis de um labirinto

Já que o docê reveste o salgado.

E quando sinto que o amargo desce

Fecho os olhos e faço uma prece

Lendo apenas o que me interessa

Pergunto:

-Pra quê tanta pressa?

O mundo não vai acabar

Antes que eu possa acontecer

O meu desejo se realizar

E minha vontade permanecer.

Apenas não sei, se há como desfrutar

Sem tocar na ferida de alguém

Estou condenado a pagar

Pelos pecados de outrem?

Almeida Silva
Enviado por Almeida Silva em 24/10/2010
Reeditado em 28/04/2013
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