Reflexos – I
Trinca da ferradura escarlate, asas avançadas,
Só de pensar, vira caso de polícia imediato,
As flores do mal desabrocham no Jardim,
Gatilho disparado ao léu, nuvens passageiras,
Todo olhar travesso que seca até a boca,
Sustos & estômago virando do avesso,
Ninfas que assombram todos os sentidos,
Aquele que observa, teme a voracidade,
City ensandecida no retrógrado pensar,
Cada vida a penar por escolhas partidas,
O inexorável faz tremer a planta dos pés,
Um suor frio percorrendo a espinha,
Contida aproximação dos olhos vulgares,
Toda a sorte jogada na lata de lixo,
Alívio, caras recolhidas, inferno astral,
Essa visão pudica que impõe tanto terror,
Aja presença de espírito & boas intenções,
Ninguém quer ser proscrito, infame,
O coração chora em franco desespero,
Para cada inocência que se põe perdida,
Vida fácil, marginalidade, sexo & drogas,
Quantos corpos ainda terão de cair?
Peixão89