Almas errantes

Ai de vós, almas bêbadas, errantes,

Que passastes pela vida vacilantes,

Sem notar no céu que a lua dos andantes,

Segue os passos infelizes dos amantes.

Almas trôpegas, cambaleantes, perseguidas!

Sois almas mui tristes, tão cheias de feridas,

Que a compaixão das puras almas já vividas,

Expiarão na eternidade as paixões contidas.

Almas cansadas, carregadas de sofrimentos!

Passastes a vida com todos esses lamentos,

Guardando-os todos só nos pensamentos...

Vês que agora, ao chegar à hora bendita,

Que o santíssimo anjo do senhor permita...

E um amém maior seja o que a terra grita.