Voraz*
-a vida não (me) basta-
Dentro em mim a sílaba inominável
verbo que não conjuguei
pronúncia que ainda não intensifiquei.
Espectro colorido do poema
este que já sonhei e não ousei escrever
letra verde que nunca alinhei
linha timbrada de descaso, do meu sofrer.
Dentro de mim, a página em branco
que espera os desenhos das máscaras
das tantas ilusões, das tristes farsas
de tudo que já presenciei.
Dentro de mim, discursos estridentes
da Alma e da Razão eloqüentes
nos embates vermelhos da paixão
no estupor lírico do coração.
Mesmo assim não me perco do sonho
nem da permanência da emoção
do assombro renovado da redescoberta
das minhas, tão minhas catarses encobertas.
Dentro em mim, uma febre imensa que consome
nos dedos incontidos, que ardem
em chagas, em dores dessa voragem.
Em versos, suspirados das trôpegas conquistas
dentro em mim, a busca constante da palavra viva.
Karinna*
-a vida não (me) basta-
Dentro em mim a sílaba inominável
verbo que não conjuguei
pronúncia que ainda não intensifiquei.
Espectro colorido do poema
este que já sonhei e não ousei escrever
letra verde que nunca alinhei
linha timbrada de descaso, do meu sofrer.
Dentro de mim, a página em branco
que espera os desenhos das máscaras
das tantas ilusões, das tristes farsas
de tudo que já presenciei.
Dentro de mim, discursos estridentes
da Alma e da Razão eloqüentes
nos embates vermelhos da paixão
no estupor lírico do coração.
Mesmo assim não me perco do sonho
nem da permanência da emoção
do assombro renovado da redescoberta
das minhas, tão minhas catarses encobertas.
Dentro em mim, uma febre imensa que consome
nos dedos incontidos, que ardem
em chagas, em dores dessa voragem.
Em versos, suspirados das trôpegas conquistas
dentro em mim, a busca constante da palavra viva.
Karinna*