Sensibilidades ocultas

Há verdades dissimuladas em nós,

Um turbilhão de sentimentos

Percepções, idéias, Linguagem do coração,

Sensibilidades ocultas, lancinantes.

Quando reveladas na autenticidade,

Ora em poesia, pura magia;

Ora na bondade infinita, pura ousadia.

O sobrenatural não é admitido,

Ironia humana.

Quando na verdade sentir é importante,

Muito mais que compreender

Há momentos propícios para o desvelar da consciência,

singelos e profundos...

O sorriso de uma criança,

O dedicar a um idoso

O amparar de um acamado

O por do sol

O brilho das estrelas

Mas sentimos, estremecemos e nos fascinamos.

No entanto, ignoramos tudo isso a nossa volta.

Sobressai o medo,

A alienação

E nos anulamos, refreamos os ajustes da alma.

Então, houve o tempo do sopro vital...

E ele se foi...

De certo modo mascaramos o encanto,

Retemos as lágrimas.

Fechamos os olhos

Enquanto gotas de ternuras salpicam emoções

Perdem-se ao vento e fogem do nosso alcance

Mas existem a todo momento porque é Promessa Divina.

Contudo, nossa pequenez nos impede desistir da comodidade

Apagamos o mistério das virtudes e cometemos o crime da ignorância:

A beleza de uma rosa já não seduz olhares,

A essência do homem torna-se inglória,

Enquanto fundamentamos o poder e o ter,

O que é oposto ao espírito se eleva.

Determinamos assim pluralidade da morte.

Tetê Crispim

23/10/2010

Tete Crispim
Enviado por Tete Crispim em 23/10/2010
Reeditado em 23/10/2010
Código do texto: T2573130
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