POESIA VIVA


A poesia está em tudo quanto vive,
em todo o movimento das artérias imensas
nos ascensores constantes...de infinitos amores
Tantos são os feitios e de intermináveis cores...

Está nos pulmões de aço cortando o espaço
no abstrato de terras sempre mais longe,
nas mãos nuas que se estendem aos seios,
na angústia que jorra a fonte.

A poesia está nos olhos abertos para amanhã.
As ondas indo, as ondas vindo, num ponteiro definido
nas horas atrás das horas, de tão iguais sempre outras.

Sem resistência , o fim é infinito.
Ainda bem. Antes isso!
Por ignoradas mãos numa hora esquecida
entre as horas marcadas
o poeta dá vida a poesia vivida.

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 23/10/2010
Reeditado em 23/10/2010
Código do texto: T2573065
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