ENIGMA


Saudade dolorida de um "que"
Talvez seja d'uma realidade qualquer,
que eu nunca pude viver.
De amar sem temer
como asas ao tempo...
elucidando o itinerário cinzento
Feitos torrentes
enchendo, chamando,
torna-se menos só
a solidão dos distantes...
Na volta de quem não se espera
permaneço tão pouco
Que me sinto incapaz...
Sendo vento? Me convém!
No silêncio o ruído que se faz
de quem busca o que não sabe
de quem vê o que não se tem.

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 23/10/2010
Código do texto: T2573032
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