O Escravo-Mestre

(Não há, neste site do escritor, categoria específica para esta manifestação. Não é um conto, não é uma poesia. Está para além das definições. Eu a coloco junto às poesias porque, entre os versos e as mãos amorosas, sempre há espaço para o indefinível.)




Foi ordenado ao escravo-mestre que carregasse uma pedra, por toda a sua vida.
Ele pegou o seu fardo e partiu em silêncio. Nem uma queixa foi ouvida de sua boca, nem um músculo de seu rosto se contraiu.
Em certa altura do caminho, uma borboleta pousou suavemente sobre a pedra, e lá ficou.
O escravo-mestre reclamou de esta ser um peso a mais?
De não estar ajudando em nada?

Não.

O escravo-mestre sentiu que a pedra ficou mais leve quando aquele lindo ser apareceu, perfeito em sua natureza multicor,
e agradeceu à vida por ter adivinhado o seu sonho mais bonito e lhe enviado, sem que ele pedisse, tão adorável companhia.
Srta Vera
Enviado por Srta Vera em 22/10/2010
Reeditado em 07/06/2015
Código do texto: T2572805
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