Sagat

O pernilongos nunca somem.

E vigiam a noite que eu julgava

longe dos olhos de quem me lê.

E entrevêem pele cortina de chumbo

um acúmulo de músculos mal desenhados,

grosseiros como meu linguajar de aldeia,

e tão quantes quanto meu rosto

constrangido por ser surpreendido.

Os dentes trincam-se, as pernas se cruzam

até a cãimbra retesar os membros

e eu preciso adormecer.

Antes de rasgar a pele queimada

e engolir um pedaço de sua alma.