OLHARES

 

E só sabemos de nós através do outro?

E quando não são os "outros" ,

mas o outro de nós

que grita e esperneia

e não conseguimos mais controlar?

Eu sei... ou não sei... de você...


Este [teu] vento que ainda sopra

e é sempre o mesmo...

aquele capim dobrado a tal intensidade

murmura versos
 
como velhos fados pungentes

uma súplica de amor

um lamento 

e a mão não alcança

além desse gesto...


Voltar sempre ao mesmo ponto

de partida,

pisar sobre os velhos rastros.

Os mesmos olhos brilham

para antigas paisagens?

Ou são novos olhos que

tentam ler novamente

as mesmas histórias

para enganar o Tempo?
 





tania orsi vargas
Enviado por tania orsi vargas em 21/10/2010
Reeditado em 21/10/2010
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