[Mal Escrito no meu Olhar]

[Ah, conta-me: para quem brilham os teus olhos?]

eu te vejo...

eu te quero,

eu te desejo,

- incondicionalmente!

Mas os meus olhos,

augurando perigos mil,

negam o corpo pulsante

em frêmitos de ânsias!

E assim, miseravelmente,

fogem os meus tíbios olhos

do incêndio dos olhos teus!

[- sexo é [também] coragem?]

Mal escrito no meu olhar

está este amor incontido,

está este saber de ti

que não sabe de mim...

Eu - garimpeiro

de mim mesmo-, vejo

o brilho de teus olhos...

mas nunca me acho!

[Desdigo-me: poupa-me,

nem me conta nada!]

[Penas do Desterro, 10h54 de 21 de outubro de 2010]

Carlos Rodolfo Stopa
Enviado por Carlos Rodolfo Stopa em 21/10/2010
Reeditado em 21/12/2010
Código do texto: T2569683
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