Ao meu amigo poeta


A gente se reconheceu.
Mesma linguagem,
mesmos costumes,
mesmas vontades.
Nos fizemos gueto
Um sarau de dois.

Antes que eu percebesse, me leu inteira.
Antes que eu pedisse, me mostrou seus eus.
Antes que eu esperasse, repatriou-se em mim.

Chegou como quem volta.
Então, te recebo como quem espera.
Bem vindo de volta, poeta.

Outubro de 2010