Barco
Tomara gente, ter o que tenho
Enquando mares moribundos,
Abarcar numa odisseia
Com o conforto de vários mundos.
Acrescentando segredos, ali escondidos
Ou lá o quer que seja que esconde.
Nas profundezas desses mares
Onde eu ganho medo, e não me ponho.
Guardo, cada pedaço vosso
Em cada pedaço do meu barco,
Se é isso que o sustenta
Só quero que permaneça intacto.
Com forças impossíveis de quebrar
A efémera longevidade, que eu conquisto,
A que o mar me pode levar
Tempestades e precipícios.
Só desembarco num verdadeiro porto,
Que poucos oferecem segurança como preciso,
Mas sei que eles existem, mesmo sendo poucos,
E basta isso, para saber que estão comigo.