A Dor me devora...
A língua do vento, na paisagem dos corpos,
O amanhecer açoita os lábios serpentes,
Do Amor morto... Em um grito a corta todos os sonos...
Deixo ao espelho todo o veneno de teu olhar,
O sentir espada dissipador de violetas,
Unidos e enlaçados nos destroços...
A Dor unifica a todos...
Os sonhos cegos em minhas vísceras,
Diluem-se sufocados,
No Inferno de meus olhos...
O corpo inteiro,
Em pleno esplendor,
Em uma última turva e louca farsa,
Onde morrem meus tenros beijos...
Em dor estranha,
A solidão dança,
Delicia-se em meu seio,
Com teus lábios desertos... A saciar teus desejos profanos...