A Dor me devora...

A língua do vento, na paisagem dos corpos,

O amanhecer açoita os lábios serpentes,

Do Amor morto... Em um grito a corta todos os sonos...

Deixo ao espelho todo o veneno de teu olhar,

O sentir espada dissipador de violetas,

Unidos e enlaçados nos destroços...

A Dor unifica a todos...

Os sonhos cegos em minhas vísceras,

Diluem-se sufocados,

No Inferno de meus olhos...

O corpo inteiro,

Em pleno esplendor,

Em uma última turva e louca farsa,

Onde morrem meus tenros beijos...

Em dor estranha,

A solidão dança,

Delicia-se em meu seio,

Com teus lábios desertos... A saciar teus desejos profanos...

Diego Martins
Enviado por Diego Martins em 20/10/2010
Código do texto: T2567067
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