OLHOS DA NOITE


Assim nesta noite,
Daquele jeito,
de outro modo,
Não mais eu,
Só os outros,
Não o meu, não o eu.

Como o mar distante,
Distante eu.
Triste noite partida
Em um copo de chá
E um pão brioche.
Triste noite que vais
Triste noite que vou.

Olhos mortos e gente morta.
Renascença por briga,
Por pão passado,
Por uma pouca esperança
Que morreu minutos atrás.

Recife 16.04.1977
Divina Reis Jatobá
Enviado por Divina Reis Jatobá em 05/10/2006
Reeditado em 07/07/2008
Código do texto: T256630
Copyright © 2006. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.