ESCRITA
ESCRITA
Eu sou firme.
Caracol de mim mesmo,
Com antenas ligadas no momento.
Meus holofotes soltam sua luz,
Às vezes causa escuridão.
Fui elefantes dançava de tudo.
Ria a toa no salão.
Minha vida, oh Deus!
Uma alucinação.
Desenho um sonho.
Pinto uma vida.
E na tela apenas escrevo.
Tenho antenas,
Barbatanas,
Holofotes,
Armaduras
E Mascaras.
Santa mascara!
Vejo coisas que ninguém mais vê.
Sinto presenças.
Vejo machas.
Rezo e ando.
E os anos passam!
E mesmo possuindo sou só
Andrés de uma vida.
Hora triste.
Hora alegre.
Palhaço sem mascara.
Senhor mascarado.
Anéis já usaram..
Corrente ainda uso.
Nada real.
Sou obstinado.
Vejo símbolos nos outros.
Danço descoordenado.
Sou mula em minha teimosia.
Será que quero um compromisso?
Quero apenas o encontro fútil?
Nem mesmo eu sei.
Quero viver sem a dor.
Quero escrever linhas alegres
Sem o álcool ser a cor.
Gozo rápido vira rima.
O prazer não há,
E quando há e rápido.
E assim vou escrevendo.
Dou risos.
Tenho medos.
Tenho traumas.
Viajo num deserto.
E o meu desejo vira linhas.
Vivendo e amando,
Cantando e chorando,
O que sinto o que veio
Tudo pode ser linhas.
Mas o que quero é toque.
Não quero reboque
Nem azar e nem sorte.
Quero ver o sol.
Quero ver a lua.
E ambos me fazerem sorrir,
Pois você esta ao meu lado.
Andre Zanarella16-07-2008