Taguatinga

Minha triste aldeia...

Que me aquece e me incendeia

No puro desfazer.

Há no ato do desato

A projeção de estar parado

No fluxo intrínseco do seu "ser".

Moradias ao pouco empilhadas

Nas tuas ruas desanimadas

Que embebedam o entardecer.

Embriagai-vos, ó, habitantes

Seja da forma que bem achares

Porque só a quem foge dos instantes

Do teu humor frio e acintilante

Vai conseguir sentir a tua falta em novos ares.

Felipe Alves Freitas
Enviado por Felipe Alves Freitas em 19/10/2010
Reeditado em 20/01/2011
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