Taguatinga
Minha triste aldeia...
Que me aquece e me incendeia
No puro desfazer.
Há no ato do desato
A projeção de estar parado
No fluxo intrínseco do seu "ser".
Moradias ao pouco empilhadas
Nas tuas ruas desanimadas
Que embebedam o entardecer.
Embriagai-vos, ó, habitantes
Seja da forma que bem achares
Porque só a quem foge dos instantes
Do teu humor frio e acintilante
Vai conseguir sentir a tua falta em novos ares.