Em versos...
As possibilidades molhavam as esperanças,
em chuva fina e contínua...
enquanto trocávamos passos sem rumo
procurando um objetivo comum.
Na calçada desenhada no chão,
as poças se formavam irregulares,
sem formas e sem talento nenhum.
À janela, em busca de um raio de sol que fosse,
busquei no cálix amargo, algum vestígio de doce
que acalmasse aquela língua...
enquanto percebia, claramente,
o amor agonizando...à míngua.
E eu pedia...(em silêncio):
"diga algo que eu já não saiba,
mas que em meu coração caiba,
como sendo o músculo mais amado..."
E eu cedia, quando caia em meus olhos,
as palavras, o verbo, a mensagem,
de um verso incompleto e amassado.