Pra quem? Por quem?
Basta um soluço pra achar que eu voltei a beber
Ou talvez me drogar e que não há solução.
Insistir pra quê? Se eu mesmo desisti.
De tentar resolver esse meu problema
Investir no quê? Se não tem condição.
Quase nada sobrou depois da diversão
Apenas versos de um autor anônimo
Num papel amassado, jogado no chão.
Um barato no minímo caro
Roupa, sapato, grana pra refeição.
Nem os valores básicos de um cidadão
Respeito não tem, direitos também não.
Proteção exigi perfeição e é triste
Saber que o perfeito não existi
E acaba sendo tudo ilusão
Então correr pra quem?Por quem?
Se afinal o esforço é em vão