A CASA

A casa da minha infância me repele.

Não importa, não a quero.

Em seus pequenos cômodos,

O vulto da menina,

Os cabelos da mocinha,

O riso da avó,

Tudo se esfuma, se decompõe

E apodrece.

No portão quebrado,

No jambeiro em flor,

No medo do futuro,

Na palavra Dor.

Cliz Monteiro
Enviado por Cliz Monteiro em 18/10/2010
Código do texto: T2562929
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