Fulminante
Sinto e ouço o vento
levando as folhas ao chão.
O que virá calar meu pensamento ?
Qual força deterá meu coração ?
Em algum lugar do tempo
meu último verso me aguarda,
e a asa silenciosa
de um anjo triste me guarda.
A estranha mágica do invisível
torna tudo perecível.
O que seria não será
Nada virá.
A morte me fere de leve
num frágil e breve instante,
e um facho alaranjado
me incendeia fulminante.
Thiago Cardoso Sepriano