Jardim Seco!

Ataduras, sais de boas essências,

Tantas foram as promessas, iodos,

Solidão sentida na forma que se dista,

Almas ternas, desejos tão tangíveis,

Que só o pensar já aflorava a carne,

Minutos ou horas de prazer intenso,

Multiplicando-se como pétalas a desabrochar,

Saborosas seivas em cada momento

De fazer o tempo passar solerte

Extenso Jardim regado com paixão

Cada toque na alva pele, um arrepio,

Em algum momento a fonte ressente,

Nau a deriva encalha, urros & lamentos,

Nem um rasgo de esperança aparece,

Sobram dores, tanta falta & solidão,

Vagas lembranças assombram a tez,

Vez por outra, um aperto silencioso,

Escorre da face o medo dos erros,

Do que não pode ser feito, ou deixado,

Uma fotografia sem imagens, velada,

Aromas perdidos sem muita explicação

O vento que agora bate pelas faces

Traga a amarga lágrima que insisti em cair!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 04/10/2006
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