O espelho ou a espada?
Em briga de homem e mulher
Não se atreva a botar a colher
Não é plágio, é um velho adágio
Consenso, defina-se a questão
Quem acompanhou a evolução
No alto a Rapunzel, perto do céu
O homem devoto, fiel à delicada
Crava na torre, na pedra a espada
Para o apelo, ela escova o cabelo
Diga-me, para que serve a justiça?
Pode-se chegar à verdade castiça
quem maneja, quem vence a peleja?
Ele ou ela, fica por conta do placar
ao vencedor quem mais tento anotar
veto ao sinal, de uma pelada literal
afinal, buscava-se qual conclusão?
A Dalila doce ou o forte Sansão?
A Eva da maçã, ou o guloso Adão?
Queria o Lampião a Maria Bonita
Ficou o Perón com a parceira Evita
Que linda a goleira, daquele evento
Botando-se sempre em impedimento
Aproximava-se dela o centroavante
Com gols anulados, a cada instante
E o juiz, acima de qualquer suspeita
Quis definir a partida e sua eleita
Faceira bandeira, marcando banheira
Encanta o homem, a magia da mulher
vive a mulher no homem encantado
Pelejam, mas são caminhos cruzados