O espelho ou a espada?

Em briga de homem e mulher

Não se atreva a botar a colher

Não é plágio, é um velho adágio

Consenso, defina-se a questão

Quem acompanhou a evolução

No alto a Rapunzel, perto do céu

O homem devoto, fiel à delicada

Crava na torre, na pedra a espada

Para o apelo, ela escova o cabelo

Diga-me, para que serve a justiça?

Pode-se chegar à verdade castiça

quem maneja, quem vence a peleja?

Ele ou ela, fica por conta do placar

ao vencedor quem mais tento anotar

veto ao sinal, de uma pelada literal

afinal, buscava-se qual conclusão?

A Dalila doce ou o forte Sansão?

A Eva da maçã, ou o guloso Adão?

Queria o Lampião a Maria Bonita

Ficou o Perón com a parceira Evita

Que linda a goleira, daquele evento

Botando-se sempre em impedimento

Aproximava-se dela o centroavante

Com gols anulados, a cada instante

E o juiz, acima de qualquer suspeita

Quis definir a partida e sua eleita

Faceira bandeira, marcando banheira

Encanta o homem, a magia da mulher

vive a mulher no homem encantado

Pelejam, mas são caminhos cruzados

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 16/10/2010
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