CICLO DA NATUREZA III
Noite-crescendo
Quis o homem doido
de chamar por ti
com cheiro de amor
de mãos estendidas.
Murmura recolhido em si só
– a busca é sempre sem sono –
nada se diz belo sem razão.
Os frutos das sementes
são a reserva de nossos
mercadores da sorte.
Os que não amam
são sempre frutos da solidão
de quem soube perdê-la.
– Do livro FORÇA CENTRÍFUGA. Porto Alegre: Livraria e Editora P. Alegre, 2ª ed., 1979, p. 20.
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/2559857