CICLO DA NATUREZA II
Contraste sol e chuva
Na noite quente
vejo a queda das estruturas.
Deixo meu sono
pra beber meu solo
amado na noite dos sonhos.
Sou só. Tudo.
As estruturas, sementeira de desencantos.
Sou mais.
Sou eu mesmo na imensidão.
Eu mesmo na distância.
Vejo a semente nua
sem dono,
noite fraca
à espera do Sol.
– Do livro FORÇA CENTRÍFUGA. Porto Alegre: Livraria e Editora P. Alegre, 2ª ed., 1979, p. 19.
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/2559850