Dos maiores absurdos...

Estou tão perto de mim, tão longe do chão

tão longe de tudo e o mundo nas mãos.

Eu vivo ao contrário, eu mudo o cenário.

Eu nem sempre ensaio e as vezes acabo o show.

Sou quase um artista, palhaço, equilibrista

estou perdida na pista

eu crio, embaço a vista

queimo folhas, toco o som.

Eu não sou poeta, nem racional.

nem de todo mal, altamente anormal.

Extremamente sentimental

quem manda no meu mundo sou eu.

Sou o romance mais puro

o grito mais estridente

as lágrimas da gente

a Julieta, ou meu Romeu.

Apenas uma criança

numa mulher, a esperança

de que a noite é nossa, o dia talvez não.

Construo o presente quebrando o passado.

Eu abandono e sou abandonado.

Um rabisco, um parágrado

da chuva eu sou o trovão.

Larissa C Soares
Enviado por Larissa C Soares em 16/10/2010
Código do texto: T2559643