EMANCIPAÇÃO

Não quero mais seu olhar de respeito

Quero ser violentada

Ofereço minha carne

Minha calma, minha alma,

Se lance sobre mim e se alimente do meu peito.

Não quero mais seu olhar protetor

Seu delicado jeito

Meu corpo tem fome, tem sede

De violenta carícia

Arranque-me de mim, viole o meu pudor.

Não quero mais sua compaixão

Às favas sua índole

Sua política, sua filosofia, sua fé

Só me interessa estar em seus maus lençóis

Abrir em você a possibilidade de transgressão.

Anderson Alcântara
Enviado por Anderson Alcântara em 15/10/2010
Código do texto: T2559201