EMANCIPAÇÃO
Não quero mais seu olhar de respeito
Quero ser violentada
Ofereço minha carne
Minha calma, minha alma,
Se lance sobre mim e se alimente do meu peito.
Não quero mais seu olhar protetor
Seu delicado jeito
Meu corpo tem fome, tem sede
De violenta carícia
Arranque-me de mim, viole o meu pudor.
Não quero mais sua compaixão
Às favas sua índole
Sua política, sua filosofia, sua fé
Só me interessa estar em seus maus lençóis
Abrir em você a possibilidade de transgressão.