RAÍZES DA TERRA

Maria de Fatima Delfina de Moraes

Sou filha da terra.

No sangue, profundas raízes do seio da terra.

Astúcia cabocla, meu bisavô índio me deu.

No encontro com a dança minha alegria transborda.

Frenética mudança mulata, fervilho nos passos do samba.

É quando sou terra fresca e viva!

Porém, se assolar-me a tristeza,

sou terra seca e árida.

Escondo a angústia nos sulcos profundos

onde a dor em meu peito sangra...

É quando me calo, inquieta,

recolho-me ao silêncio do meu quarto.

Maria de Fatima Delfina de Moraes
Enviado por Maria de Fatima Delfina de Moraes em 15/10/2010
Reeditado em 21/08/2014
Código do texto: T2558909
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