Oficio do milagre
O dia acordou meu corpo
aturdido e ainda cansado
da pressa que ontem passou.
O relógio, sequer, marca
seis horas da manhã, e, comigo,
carrego na mala, o ofício do milagre
de viver mais um dia
(em seu afã.
Não esqueça meu coração, quando a noite
cair sobre a fadiga do meu corpo pálido,
o viço pungente, da ternura
que – subitamente – nascera
(no azul dessa manhã.