Urbanidades
Sem pressentimentos que me tolerem
Quão vazia é a busca
De estar e não ter que ir
De sonhos dourados que ofuscam
De mazelas derretidas
De carne fria e seca
De desvantagens e agonia
De vidas que penetram
É assim
O nada e o tudo
A inexatidão do óbvio
A presença inconfundível do pitoresco
Ansioso em sua ansiedade
Querendo vomitar e não poder ejacular
Pensamentos bulímicos das coisas digeridas
Prefiro jogar tudo fora do que simplesmente
Degustar o chato
Mesmo que descanse a sordidez
É nítida a idéia de fuga
Fuga da imensidão
Das coisas vindas
Da realidade onipresente
Santa ubiqüidade, me dizes:
O que eu vou fazer de mim??