Urbanidades

Sem pressentimentos que me tolerem

Quão vazia é a busca

De estar e não ter que ir

De sonhos dourados que ofuscam

De mazelas derretidas

De carne fria e seca

De desvantagens e agonia

De vidas que penetram

É assim

O nada e o tudo

A inexatidão do óbvio

A presença inconfundível do pitoresco

Ansioso em sua ansiedade

Querendo vomitar e não poder ejacular

Pensamentos bulímicos das coisas digeridas

Prefiro jogar tudo fora do que simplesmente

Degustar o chato

Mesmo que descanse a sordidez

É nítida a idéia de fuga

Fuga da imensidão

Das coisas vindas

Da realidade onipresente

Santa ubiqüidade, me dizes:

O que eu vou fazer de mim??

Dani Faria
Enviado por Dani Faria em 14/10/2010
Código do texto: T2557138
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