Madrugada sem sono: Inspiração
É madrugada e eu sem sono, procuro com ansiedade,
Por uma inspiração necessária para suprir esta vontade,
De viver bem mais a vida junto a essa humanidade,
E para as coisas absurdas ter bem mais sagacidade.
Ah madrugada que inspira! Mas não me mostra o caminho,
Se, serei apenas poeta para seguir neste mundo sozinho.
Ou se serei um amante no mundo dos solitários,
Onde suas conquistas ficaram no mundo dos lendários.
Ah madrugada me diga, para onde foi o meu sono?
Se, se perdeu pela noite onde a vida não termina,
Ou, se ficarei eu apenas neste mundo do abandono?
Se, serei eu poeta solitário, se esta será minha sina.
Me console pelo menos, me inspire mais um pouco,
A procurar pela mente a inspiração necessária,
Já que o sono não vem me tire deste sufoco.
Me permita uma poesia, ainda que não seja lendária,
Seja uma inspiração de momento, assim feito coisa primária.
E saibam, esta minha insônia não foi porque levei um ‘toco’,
Apenas queria compor uma poesia de poeta louco!
Mesmo não sentindo sono, cairia só num sopro...
No sopro de um vento manso, desses da madrugada,
Que não esfria um corpo, mesmo caído na calçada.
Assim fui compondo aos poucos e o sono não foi chegando,
E nesta rima insensata prossegui, fui continuando,
Até exprimir as palavras e aos poucos ir rimando,
Para acelerar o relógio que parecia estar parando.
E me deixando nas horas, que já não estavam passando
E neste compasso tão lento, eu também descompassando.
Quem sabe seja o danado... o danado do sono chegando.
Me tirando os pensamentos, da rima e da poesia,
Porque dentro de minha mente eu já adormecia.
De uma forma descontraída a inspiração me sorria,
Pra dizer a verdade quase dava gargalhada,
De saber que eu, sem sono, mas com a alma cansada
Procurava por inspiração por esta longa madrugada.
Então, finalizo este improviso, os olhos quase fechando,
Não por faltar inspiração, mas por sentir o sono... chegando...
Dormi...
Peguei você! Eu só estava brincando.