Ás querelas da existência um  juízo,
Prisões inveteradas do invisível.
Em marcha fúnebre sepultando vaidades,
Segue a humanidade encolhida.
Sorrisos amarelados espalham-se ao vento,
Carregados de amores venenosos.
Olhares de indiferença alimentam a desventura,
Imagem distorcida de seres em contrastes.
Numa forma estranha as pessoas caminham,
Destruindo mundos em razão de um novo.
Seres sem rostos buscam a imagem perfeita,
Cegos em combate num campo minado.
Enquanto uns cantam sua alegrias,
Outros silenciam seus cantos em desalento.
Enquanto uns desejam a vida,
Outros desejam perdê-la sem remorsos.
Quem são estes que pregam a paz?
Que desejam o amor cultuando a violência?
Andarilhos numa estrada desconhecida,
Alimentando-se dos vazios das próprias vidas.
Na bagagem carregam dúvidas,
E diantes dos olhos miram o infinito.
Na viagem os tropeços purificam os incautos,
Trazendo ao pensamento sentimentos de liberdade.
Das roupas sujas sacodem a poeira,
Buscando quietude em águas tranquilas.
A estrada é longa num chegar incerto,
Em direção ao estado responsáveis das coisas.


Sirlanio Jorge Dias Gomes
Enviado por Sirlanio Jorge Dias Gomes em 14/10/2010
Código do texto: T2556771
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.